sábado, 22 de fevereiro de 2014

Sydney Markets (II)

Sábado foi dia de regresso aos mercados. Era necessário reabastecer a dispensa, por isso a manhã foi dedicada à compra de fruta e legumes. A escolha recaiu sobre Sydney Markets para que eu pudesse (re)ver o espaço em pleno funcionamento e sem a confusão da última visita.
Chegámos por volta das 10h30 e encontrar uma vaga no parque de estacionamento não foi nada fácil. Havia imensos carros, alguns estacionados nos passeios, e só se viam pessoas a empurrar carrinhos com caixas e mais caixas de fruta e vegetais. Depois de algumas voltas, tivemos sorte. Percebemos que um senhor ia sair e ele percebeu que o tínhamos visto, por isso guardou-nos o lugar até conseguirmos chegar. A simpatia australiana no seu melhor estilo.
Entrámos no pavilhão e era a confusão geral. Por todo o lado havia gente, bancas e mais bancas cheias de caixas com fruta e legumes que na maioria das vezes pertenciam a asiáticos (quem mais?). E se nas feiras em Portugal nos fartamos de ouvir frases como 'É tudo a 5 eurinhos. Venha menina e escolha. É barato e bom', por aqui utiliza-se simplesmente '3 dolar, 3 dolar' (lê-se tri dolar). 


A clientela é muito diversificada e étnica porque o mercado é procurado sobretudo por emigrantes (mais uma vez os asiáticos aparecem em maior número). Mas também se encontram australianos aqui e ali dos dois lados da banca, a comprar e a vender.









A oferta era grande, variada e reflectia o gosto de quem comprava. Em algumas zonas, as bancas só tinham produtos de origem asiática (legumes e frutos cujo nome desconheço por completo) e a procura era quase exclusiva deles. Noutras áreas, o mesmo cenário mas agora os protagonistas eram árabes e muçulmanos. 




Caricato era a forma como transportavam as compras. Estavam disponíveis carrinhos, como os dos supermercados, só que em vez da moeda de 1 euro tinham de deixar uma nota de 10 dolares. Uma opção nada apetecível. Em alternativa, muitas pessoas (incluindo nós) levam de casa uns carrinhos (parecidos com os utilizados para transportar as botijas de gás) e depois usam uma caixa vazia que encontram lá, onde vão colocando os sacos. O mais curioso é que os carrinhos que habitualmente se vêem Portugal nos mercados e feiras são utilizados aqui por quem não tem carro próprio e foi ao mercado de comboio, como é o caso dos emigrantes recém chegados que ainda não ganham o suficiente para comprar um. Na prática, os 'nossos carrinhos individuais de compras' são um sinal de pouca prosperidade financeira.   


See you soon!

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